segunda-feira, 9 de maio de 2011

Sinceridade em si maior



O som ao lado
nada mais em mim.
Não digerir,
engulir,
sentir
sem eco por dentro.

Ouvir:
entender sem pensar.

Gestos sem carga
ou sentidos além consigo.
Golpes brutos
não mais
só as lambidas sinceras
dos meus cílios nos seus.
Não há beijos que os olhos não dêem.
mão:
pássaro sereno
pausado
cabelo:
enroscado nos meus 
dedos:
tenho medo de te ferir
ou sentir que seu sangue pulsa
no mesmo compasso que o meu.

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